segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

M/F Remix encerra o ciclo copy, right? 2.0 ( 28_12 ) Macondo Cineclube



No terceiro e último dia do Ciclo Copy, Right? 2.0, o BaixaCultura e o Macondo Cineclube, ligado ao Clube de Cinema Fora do Eixo, tem o prazer de apresentar “M/F Remix”, ficção lançada (ou melhor, em tour de lançamento) neste ano dirigida por Jy-ah Min e produzida por Jean-Pierre Gorin.

A primeira coisa a dizer sobre “M/F” é que ele não tem nada a ver com os outros dois filmes do ciclo. Primeiro pelo (óbvio) fato de que ele é uma ficção, e não um documentário; não há aqui entrevistas nem discussões sobre a cultura livre, o remix e os direitos autorais, mas sim uma narrativa sobre o cotidiano tipicamente 2010 de um casal de estudantes universitários da Califórnia.

Mas e porquê ele está no ciclo, perguntariam aqueles que buscam critérios objetivos (ou quase) para algumas escolhas. Bueno, “M/F” está porque, na nossa visão, ele é um exemplar prático de todas aquelas discussões que estão nos outros dois filmes do ciclo. É como se fosse uma ilustração de como o remix pode ser aplicado no cinema.



Junto com a narrativa “convencional” (veja o filme e você entenderá as aspas) do casal da California há trechos selecionados do clássico Masculino Feminino (1966, cartaz acima), um Jean-Luc Godard do auge da Nouvelle Vague, a primeira – e mais palatável – fase  do diretor francês.

Ambas as narrativas, a do filme de 1966 e a de M/F Remix, dialogam constantemente. O casal da California de hoje discute a relação complexa que os une, a de serem colegas de quarto, em tempos de Facebook, Iphone e Youtube conectando tudo, enquanto que Paul e Madeleine, o duo francês, discute a vida, o amor e o sexo nos cafés da França charmosa e pop dos anos 1960.

Ambientes diferentes, tempos diferentes, mas que, colocados lado a lado e com a ajuda de outros elementos inseridos no filme pelo diretor Jy-ah Min, constroem um outro tipo de discurso, que dá luz sobre o entendimento e a vivência nos dois períodos – que, afinal de contas, não são tão diferentes quanto se imagina.

“M/F Remix” foi lançado em junho de 2010 e teve sua primeira exibição internacional no Festival Fid de Marselha, seguindo carreira (ainda em atividade) em outros festivais mundo afora. Esta sessão no Macondo Cineclube será a 2º exibição pública do M/F Remix no Brasil; a primeira foi no Fórum da Cultura Digital 2010, evento que aconteceu em novembro deste ano, em São Paulo, no qual Jean-Pierre Gorin – que, vale lembrar, foi parceiro de Jean-Luc Godard nos anos 60 e 70, quando criaram juntos o experimental grupo Dziga Vertov - palestrou e exibiu o filme.


Veja o trailer
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CZcRV38uu14

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RiP: A remix manifesto está disponível para download no esquema “pague quanto quiser”, modelo popularizado com o Radiohead e seu In Rainbows (que, veja só, foi lançado no longínquo 10 de outubro de 2007). O arquivo está em diversos formatos, mas sem legendas. Se tu é como a maioria um pouco mais acomodado e quer tudo prontinho, o blog Laranja Psicodélica disponibiliza o filme já com legendas (em português) no mesmo arquivo, em DVD Rip, cinco partes no Megaupload. Quer mais uma opção? tem todo o filme no Youtube, em 9 partes, também já legendado.

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Retomando o serviço da 3° sessão do ciclo:
“M/F Remix” – Ciclo Copy, right? 2.0
Direção: Jy-ah Min  (2010, 137min)
28/12, Terça-Feira, 19:30
Macondo Lugar
, 643, Centro, Santa Maria-RS

domingo, 19 de dezembro de 2010

Rip: A Remix Manifesto no Ciclo Copy, Right? 2.0 ( 21_12 No Macondo Cineclube )

No segundo dia do Ciclo copy, right? 2.0, parceria do BaixaCultura e do Macondo Cineclube, teremos a exibição de “RIP: A Remix Manifesto“.
RIP é dirigido pelo ciberativista Brett Gaylor (na foto mais abaixo), e tem como foco principal a discussão acerca dos direitos autorais, propriedade intelectual, compartilhamento de informacão e a cultura do remix nos dias de hoje.

O documentário parte da história de Gregg Gillis – mais conhecido como Girl Talk – para entrevistar nomes ligados ao debate sobre propriedade intelectual, como Lawrence Lessig, criador do Creative Commons e autor do célebre “Free Culture“, e Jammie Thomas, uma pacata cidadã dos EUA condenada a pagar US$ 1,5 milhão para a indústria fonográfica por ter baixado e compartilhado 24 músicas protegidas por copyright.
Outro caso mostrado é o do estadunidense Dan O’Neill, que em 1971 formou o Air Pirates, um grupo de cartunistas que publicaram duas revistas nas quais Mickey e seus amiguinhos apareciam em paródias com enredo sexual. A Disney, que não gosta que mexam com seus plágios, processou durante anos o grupo, o que não impediu que as revistas pudessem ser digitalizadas e encontradas na internet – aqui e aqui.





O filme pergunta até que ponto realmente é um crime você pegar uma música de uma banda famosa que ganha um monte de dinheiro com direitos autorais e criar em cima dessa música“, explica a paulista Daniela Broitman, produtora responsável pelas cenas rodadas no Brasil, em matéria de 2009 no Globo, quando o filme foi apresentado no Festival Internacional do Rio

Entre os entrevistados brasileiros destaque Gilberto Gil, na época ministro da Cultura, e os DJs Marlboro e Sany Pitbull. “O compartilhamento é a própria natureza da criação”, diz Gil, no filme, realçando um pouco da ideia do discurso que o fez ser conhecido como “Ministro Hacker, proferido em 2004.

O filme foi lançado oficialmente em 2008, no Canadá, mas disponibilizou material online muito antes, através do  Open Source Cinema, um projeto criado por Brett Gaylor que busca facilitar a circulação e o remix de vídeos online. A ideia original era que o filme fosse uma produção colaborativa, onde o público pudesse contribuir com material ou mesmo baixar, editar e remixar o filme de acordo com a sua vontade, seguindo a ideia da Cultura do Remix.



Assista o trailer

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“RIP: A Remix Manifesto” – Ciclo Copy, right? 2.0
Documentário dirigido por Brett Gaylor (2008, 86min)
21/12, Terça-Feira, 19h30 (mas chegando até as 20h tu provavelmente pega o filme na íntegra)
Macondo Lugar, 643, Centro, Santa Maria-RS

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próxima exibição
28/12 – M/F Remix (2010/137 min)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Ciclo Copy, right? 2.0

Cartaz do Ciclo, by Calixto Bento
O BaixaCultura e o Macondo Cineclube, atividade cineclubista  do Macondo Coletivo integrante do Clube de Cinema Fora do Eixo, orgulhosamente apresentam o ciclo “copy, right? 2.0“, a ocorrer em três terças-feiras deste mês de dezembro no Macondo Lugar, em Santa Maria-RS.
A 2º edição do ciclo – a primeira foi na mesma Santa Maria, no Cineclube Lanterninha Auŕelio, da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma), em dezembro do ano passado – terá a exibição, seguido de posterior debate, de três filmes que de alguma forma se relacionam com cultura livre, direito autoral,  remix, pirataria digital e outros tantos temas que temos falado nestes pouco mais de 2 anos de BaixaCultura.
O ciclo começa na próxima terça-feira, 14 de dezembro, 19h30, com o documentário “Copyright Criminals” (do cartaz acima), produção de Benjamin Franzen, fotógrafo e videomaker radicado em Atlanta, e Kembrew Mcleod, professor de comunicação da Universidade de Iowa.
Lançado nos Estados Unidos no início deste ano no canal público PBS, ”Copyright Criminals” é um documentário que destrincha uma técnica cada vez mais conhecida nestes tempos: o sampling. O filme trata de falar dos mais diversos aspectos da técnica, partindo dessa época de nascimento do hip hop, nos bairros negros da Nova York da década de 1970, chegando até a indústria milionária do rap deste anos 2000. Recentemente, o BaixaCultura fez um comentário sobre o filme, num post onde também disponibilzou as legendas para o português.
Rip: A Remix Manifesto
O segundo filme a ser exibido será “Rip! Remix Manifesto“, no dia 21 de dezembro, também às 19h30h. Datada de 2009, a produção é narrada em primeira pessoa pelo diretor, o canadense Brett Gaylor. Primeiramente ele se foca na música eletrônica, tendo como objeto principal o DJ americano Girl Talk. [Também conhecido como Greg Gillis, ele esteve no Planeta Terra recentemente e liberou seu novo album "All Day" para download no site da gravadora, a Illegal Art.]
Além do exemplo do Girl Talk, outros casos citados no documentário envolvem os direitos autorais do onipresente “Happy Birthday” (da qual já comentamos por aqui), da “armadilha Disney” e do Funk Carioca, tão discriminado por aqui quanto valorizado lá fora. Esses exemplos são analisados conforme quatro características que Lawrence Lessig, um dos entrevistados do documentário, já tinha dito em 2002:
1) A cultura sempre se constrói baseada no passado;
2) O passado sempre tenta controlar o futuro;
3) O futuro está se tornando menos livre;
4) Para construir sociedades livres é preciso limitar o controle sobre o passado.
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M/F Remix
O ciclo se encerra na terça feira 28 de dezembro, às 19h30, com “M/F Remix” (imagem de um dos protagonistas do filme acima) produzido por Jean-Pierre Gorin e dirigido por Jy-ah Min. A sinopse do filme é a seguinte:
San Diego, Califórnia, 2004. Dois colegas de quarto em tempos de guerra. No meio da reeleição de Bush. O Youtube ainda não existia e as pessoas começam a se conectar através do Facebook. O Iphone já está na iminência e mais e mais pessoas acordam para a realidade do “Ipod logo existo”. Do que estão a fim os “netos de Marx e da Coca-Cola”? Não um remake do filme Masculino Feminino de Godard, mas um remix.
Jean-Pierre Gorin é cineasta e professor de cinema da University of Californa San Diego e foi parceiro de Jean-Luc Godard nos anos 60 e 70, quando criaram juntos o revolucionário e altamente experimental grupo Dziga Vertov, de vídeos como esse aqui abaixo:

www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_5FLGY0P2oQ


Esta sessão no Macondo Cineclube será a 2º exibição pública do M/F Remix no Brasil; a primeira foi no Fórum da Cultura Digital 2010, evento que aconteceu em novembro deste ano, em São Paulo, no qual Gorin palestrou e exibiu seu filme. Vale ressaltar que a cópia a ser exibida no Cineclube veio do próprio Gorin, por isso é que nela você vai ver uns numerozinhos na parte de cima da tela durante o filme (é o timecode da câmera).
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Como os filmes a serem exibidos e o próprio nome do ciclo sugerem, a ideia que percorre esta segunda mostra de filmes é a da cópia livre, do livre compartilhamento de informação e de ideias e do remix. Os três filmes do ciclo podem ser encontrados livremente pra download na rede, e nós mesmos disponibilizaremos os links para quem quiser baixá-los, com legenda e tudo, no post seguinte a exibição de cada filme.
Nada mais justo, afinal, como há tempos defendemos por aqui, a criação intelectual se defende ao compartilhar, o que vem bem a calhar com a já clássica chamada do Critical Art Ensemble, presente no livro Distúrbio Eletrônico:  está na hora de aberta e ousadamente usarmos a metodologia da recombinação para melhor enfrentarmos a tecnologia [e a criação] do nosso tempo.
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Para retomar:

Macondo Cineclube e BaixaCultura Apresenta:
Ciclo Copy, right? 2.0.

Filmes sobre Copyright, Remix, Cultura Livre e Digital.

14/12 – Copyright Criminals (2009/56 min)
21/12 – RIP: A Remix Manifesto (2008/86 min)

28/12 – M/F Remix (2010/137 min)

19h30, Entrada livre.

Macondo Lugar (Serafin Valandro, 643)
Centro, Santa Maria, RS.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Uma lenda da capoeira fecha ciclo Negritude em Cena

O longa "Besouro", de 2009, dirigido por João Daniel Tikhomiroff, encerra o Ciclo "Negritude em Cena: Resistência e Visibilidade" realizado pela parceria entre o Museu Treze de Maio e o Macondo Cineclube. A sessão começa às 19h30, no Museu.


Veja o trailer do filme:

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"Negritude em Cena: Resistência e Visibilidade"

No mês em que se celebra o dia da Consciência Negra, o Macondo Cineclube em parceria com o Museu Treze de Maio promovem o ciclo "Negritude  em Cena: Resistência e Visibilidade". Devido a esta parceria, o Cineclube muda de lugar neste mês. Os quatro filmes da programação serão exibidos no Museu, que fica na Silva Jardim, número 1407, quase esquina com a Serafim Valandro, sempre às 19h30. A entrada é franca.
O ciclo tem início na próxima terça-feira, dia 09, com Cafundó, longa de 2006, dirigido por Paulo Betti e Clóvis Bueno. Já no dia 16, a sessão que integra a programação oficial da Semana da Consciência Negra, realizada pelo Museu Treze de Maio, vai exibir o documentário Terra Deu, Terra Come, realizado este ano e dirigido por Rodrigo Siqueira. 
No dia 26, uma sexta-feira, às 19h30, haverá a exibição do documentário Sou, de Andreia Vigo, e o lançamento do Projeto RS Negro. A atividade integra a programação oficial do Festival Macondo Circus 2010. E no dia 30 de novembro, 19h30, Besouro, de 2009, dirigido por  João Daniel Tikhomiroff, encerra o ciclo.




PROGRAMAÇÃO DO CICLO
Local: Museu Treze de Maio (Silva Jardim 1407 quase esquina com Valandro)

09/11/10 – Terça- 19h30min
Cafundó
Direção: Paulo Betti e Clóvis Bueno
2006 / 101 min


Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, o Preto Velho João de Camargo



16/11/10 - Terça-feira -19h30min

Integrando a programação oficial da Semana da Consciência Negra, realizada pelo Museu Treze de Maio

Terra Deu, Terra Come
Documentário
Direção: Rodrigo Siqueira
2010 / 88 min


Pedro é um dos últimos conhecedores dos vissungos, as cantigas em dialeto banguela cantadas durante os rituais fúnebres da região, que eram muito comuns nos séculos 18 e 19. Garimpeiro de muita sorte, ele já encontrou diamantes de tesouros enterrados pelos antigos escravos, na região de Diamantina. Mas o primeiro diamante que encontrou há 70 anos, foi enterrado pelo tio em local desconhecido. Depois disso, vive sempre em uma sinuca: para reencontrar o diamante só se invocar a alma de seu tio João dos Santos. Durante um funeral, Pedro desfia histórias carregadas de poesia e significados metafísicos: estamos sozinhos ou as almas também estão entre nós?

“Terra Deu Terra Come” aborda aspectos da cultura afro-brasileira.

Com distribuição da VideoFilmes e da 7Estrelo Filmes, em parceria com os contemplados do Programa Cine Mais Cultura – do MINC, o documentário está sendo  lançado simultanemante com mais de 800 cópias em todo o país através dos cineclubes. É um filme que inova porque incorpora à sua estratégia de distribuição um parque exibidor alternativo que tem larga escala e capilaridade nas capitais no interior do país. Tradicionalmente, os documentários brasileiros são lançados com pouquíssimas cópias e têm grande dificuldade de alcançar o público.

O programa Cine Mais Cultura, do governo federal conta hoje com 821 pontos de exibição digital em todos os 27 estados do Brasil, em periferias das capitais e no interior dos estados. Isso faz com que  centenas de cidades que não possuem salas de exibição comercial possam ter acesso às produções brasileiras.


26/11/10  - Sexta-feira - 19h30min

Lançamento do documentário Sou e do Projeto RS Negro
Atividade que integra a programação oficial do Macondo Circus / 2010

Sou
Documentário
Brasil / POA / RS
2010 / 26min, Cor/P&B
Direção: Andreia Vigo



O documentário SOU é um registro histórico-poético sobre a identidade afro-gaúcha, tendo como base a vida e a obra do poeta gaúcho Oliveira Ferreira da Silveira (1941-2009). Oliveira também é conhecido como o poeta da Consciência Negra, responsável pela proposta de criação do 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra.
O projeto RS Negro: educando para a diversidade é uma realização da Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social do RS (SJDS), da Fundação de Educação e Cultura do Internacional (Feci), com financiamento da Companhia Estadual de Energia Elétrica do RS (CEEE), através da Lei da Solidariedade. O kit RS NEGRO é composto pela 2 ed. do livro “RS Negro: cartografias da produção do conhecimento”; vídeo-documentário “Sou”;  revista RS Negro; pôster book RS Negro; CD de aulas RS Negro; CD de áudios “Negro Grande”.
O kit do projeto será entregue às escolas visando o cumprimento da Lei 10.639, que inclui a "história e cultura afro-brasilera" no currículo oficial da rede nacional de ensino.


30/11 - Terça- 19h30min 
Besouro
Direção: João Daniel Tikhomiroff
2009 / 95 min


Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes.